Olhando para a minha vida em retrospectiva, vejo muitas alturas em que queria ter tudo. E, na maioria dessas ocasiões, eu queria «aquilo» — fosse lá o que fosse — e queria JÁ! Portanto, eu mantinha-me focado, concentrando e dedicando todo o meu tempo e toda a minha energia com vista a alcançar o que queria. Esforcei-me — e esforcei-me muito. Grande parte das vezes, obtive o que queria. Mas não obtive paz, satisfação nem contentamento. Descobri que a satisfação instantânea vinha — e desaparecia — rapidamente, deixando-me a decidir que «desejo» procuraria a seguir.
E quanto a si? Está feliz, satisfeito onde está e com o que tem? Ou está sempre em luta, à procura da próxima coisa, determinado a satisfazer qualquer objectivo que ocupe a sua mente neste momento?
Há uma alternativa, sabe? Nós temos uma opção — uma escolha pessoal. Em lugar de procurar encontrar satisfação imediata para os nossos desejos, sejam eles pessoais ou profissionais, podemos investir o nosso tempo, os nossos talentos e as nossas riquezas para alcançar coisas que realmente importem no longo prazo.
Por exemplo: gastei alguns anos e muitos milhares de dólares na obtenção de um MBA, porque, na altura, achei que isso era importante, até mesmo essencial, para o sucesso profissional. Porém, muitos anos depois, dei-me conta de que teria avançado mais se tivesse investido a mesma quantidade de tempo e esforço a estudar a Bíblia para obter a sabedoria de Deus acerca do dinheiro, dos negócios e dos relacionamentos, coisas que eu erroneamente acreditava que poderiam ser obtidas com um diploma universitário.
Também gastei muito tempo no materialismo: comprava coisas de que não precisava, com dinheiro que não tinha, para impressionar pessoas que não me interessavam. Quem me dera ter aprendido mais cedo o que Jesus Cristo disse sobre a futilidade de ir atrás do dinheiro e das coisas tangíveis que ele pode comprar! Naquilo a que se chama o «Sermão do Monte», Jesus disse:
«Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem, e onde os ladrões não minam e nem roubam. Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.» (Mateus 6:19-21).
Sim, hoje sinto pena de mim mesmo e arrependo-me de ter desperdiçado esforços, tempo e dinheiro. No entanto, como se diz, isso são «águas passadas». O tempo e os recursos passaram. O que posso fazer é redireccionar o meu tempo e a minha energia, e redefinir as minhas prioridades. Sendo assim, agora procuro investir o meu «horário nobre» — as melhores horas de cada dia — a procurar conhecer Cristo intimamente, edificando o meu relacionamento com Ele, lendo as Escrituras e orando, e vivendo para Ele de forma mais intencional.
O dinheiro, mesmo que tenha muito, pode desaparecer rapidamente. Mesmo as pessoas mais ricas que já conheci — e já conheci muitas — descobriram que o dinheiro é muito sobrevalorizado. Não pode comprar felicidade, paz, contentamento nem realização. Pode proporcionar divertimento, mas isso é temporário — as coisas que adquirimos, mesmo que sejam novinhas em folha quando as obtemos, acabarão por se tornar velhas, danificadas ou gastas.
Por outro lado, o TEMPO pode trazer-nos todas essas coisas — isso só depende da forma como o utilizamos. O tempo é o nosso bem mais essencial, e o seu relógio (e o meu) bate rapidamente. Quando consideramos quão curtas são as nossas vidas sobre a Terra, torna-se importante ter consciência de que a forma como vivemos AGORA nos prepara para a ETERNIDADE.
Todos os dias nos confrontamos com escolhas — satisfações instantâneas ou ganhos a longo prazo. Quais vai escolher? Como é que as decisões que toma hoje irão afectar a qualidade da sua eternidade?