Ao longo dos anos trabalhei com diversas companhias e organizações ocupando variadas posições. Muitos desses negócios tinham declarações de missão claramente expressas. Algumas, até, imprimiam e exibiam as suas declarações de missão em pontos estratégicos das suas instalações para servirem de lembrete permanente das respostas dadas a perguntas como: “Por que estamos aqui?” “O que fazemos?” e “Porque estamos a fazer isto?”
Uma declaração de missão serve como uma espécie de GPS (Sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global) corporativo, destinado a orientar a tomada de decisões tendo em vista um planeamento triplo: Onde estamos? Para onde queremos ir? O que estamos a fazer para chegar lá?
Esta é uma boa ideia para nós usarmos individualmente também. Muitas pessoas nunca se questionam, mas seria vantajoso perguntarmos a nós mesmos: “Qual é a minha missão?” “O que desejo realizar com a minha vida – e porquê?”
Uma declaração de missão pessoal ajuda a responder a essas perguntas importantes. Isso pode levar a várias respostas, indo de simplesmente ganhar a vida, satisfazer necessidades básicas e ser capaz de pagar as contas, até subir a escada corporativa e realizar o máximo possível.
Conhecendo os nossos talentos, habilidades e interesses, poderíamos querer ser bem sucedidos em usá-los o máximo possível – e receber reconhecimento por fazer isso.
Pode haver um elemento ainda mais convincente para determinar qual deveria ser a nossa missão.Especialmente para as pessoas de fé no mercado de trabalho, aqueles que professam ser seguidores de Jesus Cristo.
Uma das mais memoráveis canções que já ouvi é “The Mission”, gravada há anos atrás por Steve Green. O refrão que ele repete na canção é: “Amara o Senhor nosso Deus é a essência da nossa missão, a fonte da qual o nosso serviço transborda – tradução livre” Eu tenho-me perguntado frequentemente: “Essa é a essência da minha missão?”
Há mais de 100 anos, o missionário Oswald Chambers expressou palavras parecidas que foram capturadas no seu livro devocional, Tudo Para Ele. Ele disse: A chamada de Deus é uma expressão da Sua natureza; o serviço que resulta na minha vida é adequado para mim e é uma expressão da minha natureza…Portanto, quando eu recebo a Sua natureza e ouço a Sua chamada, a Sua voz divina ressoa através da Sua natureza e da minha, e ambas tornam-se uma em serviço.”
O que isso significa num sentido prático e diário obviamente será diferente para cada um de nós. Contudo, aqui estão alguns princípios bíblicos a considerar:
Nós somos cooperadores de Deus.
Nós temos o privilégio de colaborar com Deus na realização dos Seus propósitos eternos. “Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus.” (I Coríntios 3:9).
Nós somos representantes de Deus aonde quer que formos.
Assim como os embaixadores estrangeiros representam as nações que os enviam, nós somos chamados a representar a família de Deus e o Seu reino. “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o Seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo vos suplicamos: Reconciliem-se com Deus.” (II Coríntios 5:20).
Nós somos administradores de Deus, gerindo o que Ele nos confiou.
Temos a tendência de considerar o tempo, talentos e recursos materiais como sendo nossos, somente tornando-os disponíveis aos outros quando nos sentimos inclinados a fazê-lo. Contudo, as Escrituras ensinam que tudo o que temos foi-nos dado por Deus para ser usado e administrado para Sua honra e glória. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus nas suas múltiplas formas.” (I Pedro 4:10).
Na próxima semana há mais!