Como empresários e profissionais, o que fazemos é regido, pelo menos em parte, por metas: metas de vendas ou produtividade; metas diárias; objetivos do projeto; metas financeiras; objetivos de carreira. Provavelmente poderia adicionar itens a esta lista. Mas já pensou em termos de objetivos de vida, o objetivo principal da sua vida?
Recentemente assisti a um breve vídeo em que um pastor descreveu uma reunião com um empresário da sua congregação. O empresário planeava deixar a igreja porque o pastor o tinha ofendido com algo dito no seu sermão. O pastor perguntou o que parecia tão ofensivo. O empresário recordou que o pastor comentou que não era sensato alguém esforçar-se para ganhar o máximo de dinheiro possível, mudando-se depois para uma local aprazível para viver a reforma, passando o resto da vida a jogar golfe. O empresário ficou ofendido porque era isso que pretendia fazer – o mais cedo possível.
Em resposta, o pastor sugeriu que o empresário estava a banalizar a sua vida, dedicando o resto da sua vida a correr atrás de uma bola num campo de golfe, em vez de usar os dons e a experiência dados por Deus para influenciar as pessoas. Ele disse: “Quando entregas a tua vida a Jesus Cristo, Ele chama-te para ser um influenciador – para usar o teu poder, capacidades e talentos para influenciar o mundo à tua volta para o bem, tornando-o um lugar melhor”.
Muitas vezes passamos as nossas horas de trabalho a aguardar ansiosamente pelo fim de semana. Passamos as nossas carreiras a antecipar ansiosamente a reforma para podermos ‘finalmente fazer o que quero fazer’. Já considerou que o que faz no trabalho, onde está atualmente, é precisamente o que Deus quer que faça?
Em toda a Bíblia a reforma é mencionada apenas uma vez. No livro de Números do Antigo Testamento, diz-se sobre os levitas, os sacerdotes cerimoniais de Israel: “aos cinquenta anos, devem retirar-se do seu serviço regular e não trabalhar mais. Podem ajudar os seus irmãos no desempenho dos seus deveres na Tenda do Encontro, mas eles próprios não devem fazer o trabalho” (Números 8:25-26). Deus tinha um plano de sucessão para os sacerdotes que realizavam os sacrifícios rituais, mas, mesmo assim, os sacerdotes “reformados” deveriam continuar a ajudar aqueles que tinham ocupado o seu lugar.
Todos somos únicos, tendo diferentes interesses, capacidades, experiências de vida e, para os seguidores de Jesus Cristo, dons espirituais que Deus pretende que usemos para os Seus propósitos divinos. Como Colossenses 3:23-24 afirma tão claramente: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, pois sabeis que recebereis uma herança do Senhor como recompensa. É ao Senhor Cristo que estais a servir.”
Há momentos de descanso e relaxamento, como já abordámos nas edições anteriores das nossas Reflexões Semanais. Mas ter como objetivo de vida trabalhar apenas o tempo suficiente para acumular recursos suficientes para podermos retirar-nos do mundo e dedicar todas as nossas horas de vigília em atividades sem impacto eterno, faz pouco sentido.
No Seu chamado “Sermão da Montanha”, Jesus falou sobre o foco em coisas que durarão por toda a eternidade: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam” (Mateus 6:19-20). O golfe, ou qualquer passatempo que escolhamos, pode ser agradável, mas é pouco provável que lá encontremos muitos tesouros que durem para a eternidade.
Na Próxima semana Há mais!