A maioria das pessoas lida melhor com o fracasso do que com o sucesso. O fracasso pode edificar uma pessoa, enquanto o sucesso pode arruiná-la. Tenho visto na vida de líderes empresariais, políticos, atletas, atores, celebridades e dignitários locais. Talvez o desafio de lidar adequadamente com o sucesso foi a razão pela qual Einstein certa vez afirmou: “Tente não tornar-se um homem de sucesso, mas tornar-se um homem de valor”.
O sucesso não é negativo mas deve ser digerido. Quando digerimos algo, decompomo-lo e torna~se parte do corpo, e não algo que se cola no corpo e causa dor. O sucesso é algo que consumimos totalmente, ou então consumir-nos-á totalmente. Como é que o sucesso nos pode consumir?
Quatro perigos vem-nos à mente: o sucesso causa muitas vezes uma visão exagerada das suas capacidades. Pense no que o sucesso traz – elogios de felicitações ao atleta estrela; um escritório maior, um título mais importante e uma remuneração maior para o executivo em ascensão; aplausos de pé para o orador ou pregador, honras e elogios para o aluno que obteve a nota A. Tudo Parece gritar: “Fui eu que fiz!”
O sucesso traz consigo, muitas vezes, um sentimento de direito que prejudica os relacionamentos. As pessoas tratam-no de maneira diferente quando tem sucesso. Não questionam as suas decisões com tanta frequência ou com tanta força. Fazem de tudo para acomodar os seus caprichos. Pedem a sua opinião, mesmo que não tenha experiência no assunto. O direito é: “Tu existes para me servir” em vez de “Eu existo para te servir!”
O sucesso é viciante e faz com que se faça qualquer coisa para o manter. O Rei Salomão de Israel, o homem mais sábio que alguma vez existiu, tentou matar um homem quando sentiu que o seu governo estava ameaçado. Se Salomão conseguiu fazer isso, então estamos todos vulneráveis. Cortaremos atalhos, abandonaremos amigos, trabalharemos mais do que deveríamos e deixaremos de cumprir promessas e compromissos. O sucesso torna-se um ídolo, um falso deus a quem servimos.
Podemos ir para o outro extremo e ficar complacentes. Martin Filler disse: o perigo para qualquer artista cujo trabalho seja reconhecido e aclamado pela crítica é a repetição complacente. Os CEOs de sucesso deixam de procurar liderar. O sucesso parece muitas vezes ótimo até se aperceber que lentamente abandonou as crenças e as pessoas que contribuíram para a sua prosperidade. Jesus disse: “Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a vida? Ou o que dará em troca da vida?” (Mateus 16:26)
Eu não me oponho ao sucesso. A mensagem aqui é como lidar de forma adequada com o sucesso, usando a sua autoridade, finanças e aclamação para ajudar os outros e servir a Deus. Isto leva a uma vida mais plena e perfeita. Provérbios 27:21 diz: “O cadinho é para a prata e a fornalha é para o ouro, e cada um é provado pelo louvor que lhe é concedido.” O elogio dos homens testa-nos e refina-nos. Revela quem realmente somos por dentro, o que realmente valorizamos.
Como digerimos o sucesso? Começa por recordar quem o ajudou no seu sucesso; lembrando os mais nobres propósitos do sucesso e, sobretudo, lembrando a fonte mais profunda do sucesso: Deus.
Se o seu sucesso o levar a este tipo de lembrança, resultarão três coisas boas:
1 – o sucesso aumentará a sua humildade e restringirá a sua arrogância.
2 – Fará com que pense: “Vejam o que Deus me permitiu fazer!” em vez “Olhem o que eu fiz!”
3 – Despertará o desejo de ajudar os outros e de alavancar os seus bens para os outros e para o Reino de Deus.
No livro de Deuteronómio, do Antigo Testamento, Deus alertou o povo israelita ( e a nós) para o sucesso futuro. “Podes dizer a ti mesmo: O meu poder e a minha própria capacidade trouxeram-me esta riqueza. Mas lembra-te que o Senhor, o teu Deus, te dá a capacidade para ganhar riqueza afim de confirmar a aliança que Ele jurou aos seus pais, tal como é hoje.” (Deuterenômio 8:17)
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